domingo, 14 de fevereiro de 2016

Três meses... O que mudou para melhor

E a chiquitita já tem 3 meses <3... Um amor daqueles que não se sabe explicar... As mudanças são diárias e sempre vividas com grande intensidade... Peço muito às estrelinhas que lhe dêem saúde e muita alegria de viver. Ao contrário do que tenho lido, e curiosamente nunca tantas publicações estão  relacionadas com bebés como agora, só posso concordar em parte que os nossos filhos não são nossos, mas sim do mundo. A minha filha é minha filha e vou educa-la o melhor que sei, ela vai ser uma cidadã e vai encontrar o espaço é o seu lugar no mundo, mas ela é minha filha e nunca vai deixar de ser (ainda estou muito verdinha na maternidade, ou não).

Agora e mudando de assunto... O que é que lá vai que poderá voltar daqui a uns anos... Banhos mais demorados, ou idas a casa de banho com telemóvel na mão ou iPad já eram, quando vou levo antes a câmara do intercomunicador que é muito mais fixe, tem imensos botões e nenhum deles tem likes ou smiles... Se houver movimentos ou barulhos suspeitos interrompe-se (às vezes não é nada fácil interromper certas coisas em especial na sanita) e lá vamos nós.... Dançar que nem uma louca com os fones nos ouvidos aos altos berros, sim isso já era (ainda bem pela saúde dos meus ouvidos) agora danço com ela ao colo canções de embalar que posso ser eu a cantar... E vamos lá a parte de cantar... A minha prima Inês disse que iria cantar muito, as músicas que me vêem à cabeça e não me perguntem porquê, são: a gaivota, o mar enrola na areia, e os resto invento melodias... Nunca pensei em cantar mas acho que a minha bebé já deve estar habituada a minha voz ;) 

De resto não posso dizer mal a minha vida, antes pelo contrário... A bebé não tem cólicas evidentes, não chora desmesuradamente como se não houvesse o amanhã... Vá... Espero que seja sempre uma bela moça com os seus altos e baixos e com os meus também!  Claro que tudo passa, passa e de que maneira.... Três meses!! Adoro-te pequenina da mãe ;) 

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Dois meses já cá cantam...

Dois meses da minha bebé, que já canta e sorri... Podia lá eu imaginar ter a sorte de ter uma bebé tão doce e meiga... Nas redes sociais partilhei as nossas pequenas batalhas e poucos perceberam, interpretaram como se de um terror se tratasse! Mas não, o que a minha bebe queria a meio da noite para além de um biberão, era conversa! Não há choros desenfreados, não cólicas incontroláveis! E há uns colinhos mesmo bons, independentemente de ser boazinha, ou de se deixar dormir na sua caminha, mesmo se assim não fosse, havia muito aconchego à mesma, primeiro porque adoro dar colo, sempre gostei, ainda mais a minha filha, segundo porque ela é uma amor que custa a caber no coração de tão grande que é, e terceiro porque ainda posso com ela... Espero ter sempre espaço no meu colo para o meu chamego....

Depois de dois meses está tudo muito mais calmo, percebi que o problema não era eu, nem ela, era o susto para o qual pensei não estar preparada, ser mãe... Se houve ansiedades e problemas que pareciam não ter solução, era tudo na minha cabeça, e é verdade, com as hormonas não se brinca! Sozinha tenho-me tornado mais pratica e aonde eu estou a bebé está. Os conselhos das amigas já não se prendem com as emoções (obrigada RItini foste fundamental em dizer "calma... É normal! Passei exactamente pelo mesmo..." Guardo até hoje a carta que me enviaste) já são mais práticos, mais objectivos. As páginas no facebook, as quais fui adicionada, também ajudam, graças a elas podemos partilhar questões e solucionar alguns problemas e angústias. Precisava de me sentir confiante com o pediatra, e ainda pensei em escolher um em Lisboa, mas depois pensei que não em caso de urgência (espero que não exista) não é o pediatra lá longe que vai dar mão. Caso não atinasse com nenhum arranjava-se sem problemas, mas depois de correr três no espaço de quinze dias (se queria ter um rápido para tirar dúvidas maiores tinha de correr atrás, certo?!) acho que descobri um que é capaz de dar para o gasto, e caso não dê mudo outra vez. Aqui na nossa zona é uma área da saúde mal investida, e como há carência as pessoas fazem vénia aos poucos que existem. Gostava que existissem mais pediatras a virem para o Alentejo e a pensar mais com carinho nas necessidades dos bebés do litoral alentejano. Isto não é só praia, turismo e festivais... No resto do ano ainda fica cá muita gente!! 

Dois meses.... e em breve, daqui a poucos dias, começam as picas! :( um mal necessário! Agora quase todos os meses... Mas a chiquitita é forte! A ver vamos....

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Já passou 1 mês! Viva a chiquitita!!

Passou 1 mês, a minha pequenina já tem 1 mês, por várias razões nasceu dia 12 e ainda bem. E desde então... Ufa! Como hei-de começar?! Muitos de vocês sabem como poderá ter sido, alguns de vocês haverão de achar que exagero nas palavras e sentimentos e outros acharão pouco aquilo que aqui falo... Posso falar de várias coisas, primeiro dos sentimentos, o mais importante... Depois da chegada a casa o amor desvaneceu, pela casa, pelo marido, pelos cães e olhava a bebé com alguma surpresa e susto, pensei "raios, o que é que fui fazer", a segunda semana passou e muitas lágrimas correram, sim não tenho vergonha de o assumir. Terceira semana protecção feroz, ninguém fica com ela, só eu... eu faço tudo o que lhe diga respeito... Amor avassalador, que cresce a cada dia, organização no seu melhor, fazemos tudo juntas, até um xixi com ela ao colo, sim, afinal é verdade! Aqui dava jeito ter uma espreguiçadeira para a deitar mesmo ali à minha frente para poder estar descansada. E depois de falar na espreguiçadeira vou-vos dizer aquilo que comprei e tenho vindo a comprar que faz falta e aquilo que não interessa para nada, pois passado um mês já vai dando para ver.

Uma das maravilhas que comprei foi uma almofada de posicionamentos para a gravidez, foi excelente, escusava de ter um mar de almofadas à minha volta, tem uma zona de apoio às costas, à zona da barriga e para colocar no meio das pernas, e se na altura foi boa, agora serve de tudo e mais alguma coisa, para apoiar braços, para fazer de barreira, etc, foi cara, mas valeu o investimento. Toalhitas... nunca pensei prescindir delas, a sério... já experimentaram usar? É que aquilo é gelado e depois de desentupir a tripa e normalizar a frequência dos cocós sinceramente o resultado estava a ser algum rubor na zona da fralda, acabei com elas, só mesmo quando formos à rua (que pelo andar da carruagem também não vai ser assim a loucura, pelo menos enquanto o tempo não deixar), sou adepta das compressas 10x10, mais baratas e comprei também um termo que tem sempre água quentinha... Porque estar sempre a ir a correr abrir a água para aquecer também não estava a ser prático, e nestas alturas em que estamos sozinhas as duas precisamos de ser práticas. Para aquecer a água comprei há algum tempo um fervedor ou chaleira eléctrica, e sim dá jeito, no meu caso que dou leite adaptado é mais prático, sabemos que não há, neste caso, necessidade de ferver a água, mas convém alguma temperatura para misturar o leite, logo viva o fervedor!! No meu caso que tenho uma casa com dois pisos, arranjei muitas coisas a dobrar, pomadas a dobrar, termos a dobrar, chuchas a dobrar. Em relação aos produtos de higiene sempre tive uma queda pela marca Uriage, pelo cheiro e pela qualidade, e porque os meus sobrinhos sempre a usaram enquanto bebés. Gosto do gel lavante, e da água, infelizmente o linimento e o creme de muda da fralda não me está a encantar, primeiro o linimento não tem a gordura necessária que dizem e o creme não alterava o aspecto ruborizado da zona da fralda. Tinha comprado numa promoção a pasta de água da Eryplast da E45 Lutsine e estamos a gostar bastante. Com o tempo vou experimentando algumas linhas que me agradam, esperando que a pequena não tenha tendência às alergias como a mãe. As fraldas, talvez aquilo em que se investe mais, gastam-se mesmo muito, e estou a gastar a marca dodot sensitive, pelo menos para já... Lá mais para a frente vamos ver novas marcas, se for caso disso. O que não tinha e tenho feito à medida que vemos que não damos à conta, são os babetes impermeáveis, isto porque não está fácil a coordenação sucção na hora da paparoca. Molham-se colarinhos, babetes e fraldas de pano, que decidi cortar a meio e fazer mais pequenas porque são realmente muito grandes e assim não rende. Biberões são aos pontapés, temos da marca Avent, Chicco natural feeling, Nuby e tommee tippee... enfim, todos anti refluxo, anti cólicas, e baixo fluxo, mas este assunto fica para uma próxima publicação. 

O que comprei e nem uso por aí além é o termo chicco que foi super caro e não me serve de muito, não parece prático, nem mantém a temperatura lá muito bem. Tenho um trocador de fraldas da vertbaudet que é bem mais prático do que o do IKEA (que acabei por oferecer), acabo por usar resguardos de celulose quando nos deslocamos ou na parte de baixo da casa. A roupa ainda está à espera da pipoca crescer e não me arrependo de ter comprado tamanhos zero. Os tamanhos zero verdadeiramente pequenos são os da vertbaudet, mas se soubesse o que sei hoje tinha comprado babygrows dos desapertar na zona da fralda e não na zona das costas, a sério, onde estavam com a cabeça quando fizeram aquele modelo. Por muito habilidosa que me faça a mudar a fralda durante a noite é inevitável um abanão maior para desapertar e apertar aquilo. Em relação às quantidades e necessidades de roupa noto que no nosso caso a roupa suja-se mais pelo leite. Como estamos em casa só veste calças com pé, body, babygrow e anda com uma manta fininha de flanela sempre enrolada, dispensei as meias, andavam sempre a sair e não estava a ser prático. Tenho talvez meia dúzia para cada tamanho e só tenho até ao 1-2 meses porque nalguns casos são de 60 cm e a pequena ronda pouco mais dos 50 cm.  Na rua sai sempre com tudo o que já disse, mais um gorro e um casaco, e os casacos ainda bem que não foram pequenos porque por cima do babygrow ela ia ficar mesmo muito enchoiriçada.  

Nas últimas duas semanas deu para a Chiquitita ficar ranhosa, eu ficar ranhosa e na semana a seguir eu ter uma urticária por intoxicação alimentar. Custou a passar e somos fortes as duas, não foi fácil trocar a fralda e coçar a cara e o resto ao mesmo tempo. Esperando que tão cedo não apareça mais nenhuma maleita, estamos cá as duas, sempre juntas! O nosso mês foi assim, passou rápido, tal como as últimas semanas da gravidez. Tenho dias em que a desejava na minha barriga novamente para a poder proteger, mas cá fora o amor é tão maior e tão mais intenso, que apesar dos medos vamos conseguir.


sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

A escolha do nome!! Antes, durante e depois

Desde sempre gostei de alguns nomes, mais certos para meninos do que para meninas. Os nomes que outrora não me saíam da cabeça eram Benedita, Caetana, Gabriela, Jacinta, Luísa, Valentina e Vitória; e para meninos sempre gostei de Artur, Santiago, Mateus e Domingos. Ok são nomes pouco vulgares alguns deles é verdade, mas eu gosto. E aqui entra o facto dos pais gostarem, atenção às opiniões, é inevitável que as pessoas mais próximas gostem de opinar e dar a sua sugestão, às vezes é bom, outras vezes é péssimo. Também é válido pesquisar significados de nomes, para mim um blog que satisfaz é o Nomes e mais nomes, diz alguns significados, fala de pessoas na história que tiveram determinados nomes e fala de aspectos de curiosidades de nomes de famosos e afins.

Nos primeiros meses de gravidez pelos percalços nem de nomes queria falar... fosse o que fosse não havia qualquer hipótese, o que é certo é que este medo continuou mesmo depois de saber que o risco já estava reduzido e que ia ter uma menina. Até o sexo do bebé não me trazia expectativas... estava um pouco adormecida. Às 16 semanas já se adivinhava (quase certo) que era menina, mas só a partir das 24, 28 semanas começamos a falar de nomes. É engraçado que os avós dos dois lados nunca tomaram partido de nenhum nome, esperavam sempre pelo nosso entusiasmo para dizer que "sim, sim, é lindo...", o meu pai de acordo com o nome que estivesse na altura "on" dizia logo o nome com o "inha" à frente ;). A malta mais nova, irmãs, sobrinhos e pessoas que não conhecemos ou conhecemos mal (isto por aqui é tudo malta "amiga") gostavam sempre e muito de opinar. Então dizia eu ao meu marido "escuta... fica só entre nós...", mas nunca ficava, comecei a sentir um entusiasmo estranho em dar um nome à moça. 

Lá está, entusiasmo, coisa que não podia sentir (cabeça parva), logo decidimos que podíamos ter um leque de nomes, mas que só daríamos um nome à bebé no dia em que ela nascesse, o que revoltou meio mundo (olha a decisão dos pais minha gente!!!). Critérios para a escolha, não tínhamos a certeza se queríamos nomes compostos ou simples, mas era quase certo que seria simples (ou não...) e sabíamos, apesar de gostarmos de nomes mais lá para a frente, que seria um nome do início do abecedário (pancada da mãe, o nome do pai começa por A e o meu também), ora então a escolha pela ordem do abecedário por parte da mãe e do pai de forma unânime seria: Amélia, Benedita, Caetana (foi logo carta fora), Constança (nome presente em várias gerações da família paterna), Irene, Júlia (nome da minha bisa paterna), Vitória e outros tantos que apareceram e desapareceram assim num ápice ;). Foi giro, nos últimos meses adorei estar grávida, andava bem e estas conversas faziam-me rir, ou seja, já não queria saber muito porque estava a entrar naquela fase zen... 

Numa das idas ao CTG talvez nas 38 semanas uma enfermeira perguntou "então e é menina ou menino? e vai-se chamar como?" a resposta foi a mesma... só no dia em que nascer, a senhora ficou emburrada e lá respondeu em tom de graça que podíamos registar até um mês depois do nascimento. Ok amiga... ok... Na semana seguinte novo CTG, e nascia no dia a seguir. Enfermeiras que já conhecera nos tempos de estágio, auxiliares, a mesma pergunta... nada... até que uma auxiliar simpática perguntou, eu já estava a começar a ficar cansada que olhei para o A. e disse olha fica Francisca, e sim, este nome não está lá em cima na dita lista...tínhamos falado entre nós os dois e foi um pouco surpresa para todos.

Saímos do Alentejo com uma possível Júlia ou quiçá Luísa na barriga (tínhamos falado nesse nome à família mais próxima) e chegámos com uma Francisca. Ahahahah aqueles dois não tinham mesmo a certeza de nada.

Entretanto foram-nos perguntando se tinha cara de Francisca... tem a cara mais fofa, estou apaixonada por ela e não me importo que tenha o diminutivo de Xica, tem a cara dela independentemente do nome que fosse escolhido. Para mim dar um nome é de uma grande responsabilidade, identifica o indivíduo, influência na personalidade e define a pessoa enquanto ser. A verdade é que não há necessidade nenhuma de arranjar logo diminutivos, eu trato a minha filha pelo nome e não pelo diminutivo. Vai ter tempo de a chamarem por aquilo que ela gostar. Entretanto pessoas que mal conhecemos, mas que com certeza estão velhas e iguais há anos ficam intrigadas, mas "FRANCISCA PORQUÊ?? Maria vai já descobrir, tens de descobrir se existe alguém na família, pergunta à sogra, pergunta, vai lá saber raios... " (isto pode dar cabo dos nervos das velhas ok?!) resposta da sogra: é Francisca por causa do Papa Francisco. Ok gostei da resposta e o Papa até é um simpático por isso acho a resposta excelente. 

Resumo em jeito de conclusão: Dar o nome aos filhos só aos pais diz respeito, seja feio, seja bonito é a escolha dos pais. Existem formas simpáticas, em especial nesta fase que na maioria é de felicidade estrema, de concordar com o gosto dos pais. Revela educação e amizade. Se se gostar boa, se não se gostar boa na mesma. Não vamos baralhar mais, especialmente quando medos e stress influenciam nas decisões importantes a tomar.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

"Baby blues" ou as hormonas aos saltos!!

A bebé nasceu, ambicionei um parto normal, fiz tudo para que fosse normal. Emagreci, controlei a dieta, caminhei... ambicionei de mais, mas no momento em que já estou há 12 horas em trabalho de parto peço ao médico que avance para a cesariana, ela não está nem perto nem com vontade de sair... Estava estranhamente calma, senti tudo, repuxa para aqui e para ali. Nasceu e chorou logo... pensei, já cá está... chorei muito, fiquei com as lentes dos óculos embaciadas (levei os óculos, é verdade...) a minha frase foi " é tão pequenina!"... depois desapareceu tudo e fiquei a ser cosida (soa mal, mas eu senti-me assim mesmo) sozinha, com frio e muita comichão.... o meu pensamento foi que tinha chorado e que não ia ter medo de ser mãe e de amar a minha filha... Passados três dias chegamos a casa, à realidade que nos esperava, e o click, atrás da porta de casa esperava também o baby blues. Pensei logo que ia ter uma depressão ou coisa parecida, meti na cabeça que sim, e mesmo que não quisesse tive. Foi uma mistura de melancolia, desespero, medo de ficar com a bebé e falhar, raiva por ter dúvidas se a amava, descompensação hormonal, subida de leite, privação de sono... Na segunda semana tudo tal e qual, resolvi falar com uma amiga que me falou da possibilidade de apoio, mas ela foi o apoio... tive ansiosa, falei com o meu médico ob. e ele disse-me que era normal, acrescentou que vão haver dias que só nos vai apetecer jogá-los pela janela, mas por favor para não o fazer (jeito suave e bem disposto, pôs-me logo a sorrir... adoro o meu ob). Duas semanas e tudo mais calmo, a privação do sono é agora natural e as hormonas que vieram para ficar fazem o seu trabalho. Há curtos momentos em que penso que vai janela fora, mas logo de seguida vem um amor maior que este mundo e o outro. Tive momentos (o que será que ainda aí vem) em que pensei que merecia mais apoio e que deveria ir para perto ou das minhas irmãs ou de alguém, cheguei a chamar uma amiga para lhe pegar ao colo só para ir ao wc e chorar mais um bocado, apercebi-me mais uma vez por mim e por todas as mães que passaram por isto, que é normal e mais cedo ou mais tarde organizamos-nos e daqui a nada o tempo passou e já tenho saudades.

*hoje às 5h30 da manhã tivemos festa e um campeonato entre mãe e filha, o campeonato era onde dormiria a chiquitita, na cama dela (a noite passada foi belíssima) ou junto a mim (foi a primeira noite e acabou a palheta)... tive segundos de loucura e resolvi adormecê-la ao meu colo, para não me deixar dormir peguei no telemóvel e ouvi esta música que anda aí a deixar muitas mães com a lágrima no canto do olho, e eu não fui excepção! Abracei-a calmamente e às 7h45 empatamos o campeonato... ficou a dormir na caminha dela!


notinha: para quem se lembrar de descer até aqui... e para quem já me conhece aqui nesta blogoesfera já sabe que conto tudo para partilha, por não ser a única. Para quem não me conhece assim tão bem fica a saber que sou assim desde sempre (a minha mãe fez-me educadinha, mas sem filtro ;) ) 


domingo, 29 de novembro de 2015

Isso de dar mama é outros tantos

Durante a gravidez, por tantas e tantas razões, como ter muitos macacos no sótão, acabei por não realizar o curso de preparação para o parto. Este curso não existia há uns anos e se apareceu foi pela necessidade das futuras mães resolverem alguns dos seus medos. Há quem diga que é instintivo, eu diria que já foi mais pelo facto de nos dias de hoje haver muita, mas muita informação, por existirem cada vez mais contradições em relação aos temas cruciais da gravidez e pós-parto. Por mim vejo que a maternidade não é nada de básico, instintivo e imediato, tem até muito que se lhe diga. Por isto e muito mais aconselho, inscrevam-se nos cursos de preparação para o parto, participem, levem os vossos companheiros, se não for possível irem sempre, pelo menos nalgumas aulas é importante, não só porque o que aí vem não vem por obra do senhor, e porque se vem aí um bebé é porque vem aí um ser amado por dois e não apenas um. Eu arrependo-me nestes poucos dias de maternidade (18 dias) de não ter participado num curso destes, ainda mais pela minha idade. Parece-me a mim que quando ambicionamos muito uma coisa, criamos algumas expectativas caso ela se realize, mesmo que nos pareça impossível de realizar, temos sempre alguns objectivos como sonho. E quando me dizem "mas tu és profissional de saúde isso para ti é fácil..." vou-me aos arames. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Um dos meus objectivos desde o início era dar de mamar... Depois de um parto induzido às 39 semanas e dois dias (não podia deixar andar mais pela diabetes gestacional) que acabou por ser cesariana porque a chiquitita parecia não querer descer, mas sim subir, logo no recobro pedi para me a meterem a mama, a enfermeira aí foi cinco estrelas, mas trouxeram logo mamilos de silicone e nem se insistiu muito. Eu por muito boa vontade que tivesse não me sentia e tinha medo de fazer mal à bebé. A enfermeira disse que tinha pouco colostro (e então não seria o suficiente para a minha bebé?!!?) o vínculo podia ter sido mais... Adiante, ao chegar ao quarto outra enfermeira entregou não um, não dois, mas sim quatro frascos de suplemento... Eu estava mais para lá do que para cá, não pelas dores, mas cansada por tudo, pelas emoções e pela carrada de drogas que me deram.  Ela chorou e a segunda coisa depois da mama no recobro, a entrar na boca foi o raio do suplemento. A partir daí foi sempre um stress, enfermeiras preparadas, mas sem tempo.... Sim, até no privado há falta de enfermeiros e as que estão lá trabalham muitos turnos, uns atrás dos outros... Por isso mesmo que tivessem boa vontade, faltava-lhes a paciência. A amamentação no público é mais divulgada e incentivada, às vezes até de mais por parte de alguns profissionais mais fundamentalistas. Ninguém me explicou (o meu cérebro ficou lá atrás e estava extremamente sensível e ansiosa, coisa que já vinha da gravidez) que o pouco que tinha era bom, que devia ter só colocado a bebé à mama e que quando viesse a subida do leite ia ser tudo mais fácil. A chiquitita nasceu a uma quinta-feira e o leite subiu na segunda, quatro dias separaram este atraso que poderá ter atrasado este processo por ela ter nascido de cesariana e por eu não a ter posto desde o início com insistência a mama. A partir daqui insisti sempre, não a deixava ter demasiada fome para tentar, mas ela recusava e eu insistia e ela recusava, deixava para a próxima mamada, e depois lá ia eu... Insistia, ela chorava e eu mais leite tinha, nada, mamava uns escassos segundos e nada. Como nasceu pequenina achei que teria que dar sempre o suplemento e nos entratantos lá dava a mama. Fiz tudo o que me disseram, pus a mama deixei que descansasse, dei a mama para fazer de chucha, o importante era a pega e não se a mama tinha ou não mamilo para pegar... Como tinha tirei com bomba, várias vezes, acordava a meio da noite e lá ia ela... Meia hora para cada lado, ou seja uma hora e ela dai a duas horas acordava... Mesmo com o auxílio do marido dividíamos as tarefas, ele com os biberões e eu com as fraldas e mais as mamas e a bomba e o barulho da bomba... Ela já nem queria saber do meu leite, pois diz que o leite da lata é mais docinho e tal... Começamos as duas a stressar, e já nem mama nem leite... Decidi parar. Penso que mais vale curtir a minha bebé, com os altos e baixos que isso implica do que andar a dar com a cabeça nas paredes e a stressar juntamente com ela. Não me martirizo mais e espero que quem tenha passado ou esteja a passar pelo mesmo também não o faça, pois uma pessoa por uma coisa destas na cabeça e não ultrapassar pode dar cabo da pipoca. É chato andar com o leite e a água e a artilharia atrás? Sim... é chato, mas há coisas piores e desde que ela se crie e tenha saúde, para mim está tudo bem... Não deixei de dar de mamar porque quis, mas sim porque as circunstâncias assim o fizeram, se houver uma próxima já sei... E depois de duas semanas assim foi, espero que com esta sumida do leite o babyblues também vá... (outros tantos, vamos falando). A quem me tem aturado, a mim e ao meu estado, muito Obrigada!!!!

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Temas cabeludos e o porquê de não entender a mente de algumas pessoas ....

Tema daqueles bem cabeludos, a depilação!!!

Fazer ou não fazer.... tirar tudo o que é pêlos?! Minha gente, mais uma vez impera o bom senso. Eu não vou fazer a depilação porque os profissionais vão ficar chocados com aquilo que vão ver ??(sou a única à face da terra com pelos querem lá ver?!), isso é pura estupidez, até porque segundo ouço dizer, na hora H a mulher está mais é preocupada com a depilação, diz que sim... ah ahhhhh!! Se me disserem (e eu sei que sim) que é por uma questão de higiene e beneficio na cicatrização de alguns tecidos aí sim, é válido... que se tire o excesso no caso de ser necessário tirar mais qualquer coisa no hospital e aí já se adiantou alguma coisita, sem dúvida que será menos embaraçoso, mas por favor, repito.... não me parece que seja assunto tabu nas maternidades o assunto dos pêlos. Como será que as mulheres nos tempos em que nem parteiras nem charlatões haviam, pariam? Falo em relação aos pêlos, ok!? É que em relação ao que evoluiu sou 100% a favor dos apoios necessários para a sobrevivência da mãe e do bebé!

Quero tanto ver-te grávida!!! (ahh???)

Não percebo, juro que não percebo. Vi duas grandes amigas minhas grávidas, umas duas vezes, e foi porque calhou... Nunca andei atrás de oportunidades para as ver. Pessoas que conheço dizem que gostavam de me ver grávida (malta eu tenho a mania da perseguição ok?) será que é por ser gordinha e acharem que a barriga não se nota? Será que foi por terem ouvido que eu tinha emagrecido em vez de engordar? (emagreci 11 kilos e vomitei umas cinco vezes durantes estas 36 semanas de gravidez porque estou com diabetes gestacional, logo mudei a dieta... no fundo vou continuar com ela, pois como tudo, mas controlo os hidratos de carbono). Não percebo esta pancada que as pessoas têm... lá está, são aquelas vontades estranhas de quem não tem mais nada para fazer! Ou então é uma daquelas coisas das pessoas antigas e aí temos de respeitar... É como o dizer aos bebés cheios de saúde, bem dispostos e com tudo de bom "ohhh coitadinho...", não vale a pena a indignação, as pessoas são mesmo assim e não fazem por mal (nem todas ;) ).


A escolha do hospital e a ideia errada que temos sobre o SNS...

38 semanas e 6 dias... ai vais de charola para Lisboa vais... há dias a falar com uma colega ela perguntou, então e nasce onde? Num hospital privado, respondi. Uau no mesmo que o meu... (?!!!) Sou enfermeira numa unidade de saúde pública com as suas lacunas, é certo, mas posso garantir que está preparada para muito (não para um parto diferenciado, mas para muito). Penso com orgulho nas senhoras que têm os filhos em casa, em ambulâncias, a meio do caminho... Estamos longe de qualquer hospital, nunca a menos de uma hora na melhor das hipóteses (a esgalhar e vamos sair daqui todos vivos), e sim os bebés continuam a nascer e sobrevivem, tal como as mães (talvez por isso o ministério não ache necessário abrir por aqui uma maternidade... um aparte, na unidade de saúde onde trabalho mais de metade das mulheres estão em idade fértil e a grande maioria tem, ou está para ter filhos).

Em relação ao privado vs público... e vamos fazer contas e pensar mais uma vez com bom senso. A mulher grávida tem várias hipóteses e de acordo com o sítio em que viver está safa, mais ou menos safa, ou lixada... Pode ser seguida no Centro de saúde onde está isenta de pagar taxas, o centro de saúde pode ter meios complementares de diagnóstico, ou não. O médico de saúde familiar não é especialista na matéria, (sabe muito e está alerta para aquilo que os especialistas não estão) passa exames para a grávida realizar noutro sitio (no hospital que normalmente está bem equipado). Se a gravidez for normal passa-se tudo como o processo mais natural do mundo, se a gravidez for de risco a grávida é encaminhada para um especialista... até aqui parece-me a melhor hipótese, só há um se não, normalmente este médico que segue a grávida (e o pré-natal é o mais importante) não acompanha a grávida no parto e aqui sim, é preciso sorte, ou se apanha um médico porreiro ou então uma besta andante... (existe a regra sem excepção e as coisas podem correr bem ou mal, na maioria correm bem)

A hipótese que também me faz sentido... ao não existir um seguro a mulher grávida vai a uma consulta a um médico particular, desloca-se minimamente e escolhe um médico que trabalhe num hospital mais ou menos perto e paga uma média de 80 euros por consulta. A acrescentar a isto o médico pode, ou não fazer ecografias (quando falo em ecografias não estou a falar daquelas que o médico faz só para vermos o bebé, mas sim das especificas 1º,2º e 3º trimestre) e assim a mulher grávida ainda se desloca sabe-se lá onde... Eu andei algumas vezes de um lado para o outro...

A hipótese do seguro/adse, deslocamos-nos aos grandes centros, se conhecermos alguém que nos encaminhe melhor, se não, podemos ir às cegas e aí é pura sorte... Uma ida a Lisboa com consulta (ir e vir) custará uma média de 70 euros, e como se sabe nunca vamos só à consulta, havendo mais oferta aproveitamos para ir ver qualquer coisa para o bebé. Isto uma vez por mês. Se formos à consulta num hospital podemos fazer logo todos os exames, se não ainda implica mais umas voltas no trânsito.

Para mim o mais importante é o acompanhamento durante a gravidez, saber que o bebé está bem, se está a desenvolver bem, que estamos a fazer os exames certos, a tomar os complementos, medicação certos, que somos encaminhados para outras áreas (no meu caso endocrinologia) e estar à vontade para fazer as perguntas mais estúpidas que existem ( e acreditem houve muitas). Era bom que esse mesmo médico nos acompanhasse no parto? Era excelente... ia haver muito mais baba e ranho, mas no meu caso, infelizmente não vai ser... (talvez seja só desta vez) pois existem uma coisita da qual eu não prescindo... da presença do marido sempre ali (é até não dar mais ;) )... Estar longe de casa e ainda por cima ter de ficar sozinha depois de um grande momento a dois (apesar do cansaço acredito que sim) desculpem, mas não me faz sentido nenhum... Já que esturrei pilim nestes anos todos em seguros agora vou aproveitar... (os seguros para fins de partos particulares, quando não se sabe bem quando isso vai acontecer, são muito lucrativos .... para as seguradoras claro! encarecem muitoooo!!!!)

Agora giro, giro (sem graça nenhuma) era nascer algures sem ser no sítio pensado... é que são 38s+6d ;)....

Depois conto...

* A princesa nasceu às 39 s+2 d... o nascimento e o pós parto dá outra publicação... descansem vou contar tudi tudi...