Desde sempre gostei de alguns nomes, mais certos para meninos do que para meninas. Os nomes que outrora não me saíam da cabeça eram Benedita, Caetana, Gabriela, Jacinta, Luísa, Valentina e Vitória; e para meninos sempre gostei de Artur, Santiago, Mateus e Domingos. Ok são nomes pouco vulgares alguns deles é verdade, mas eu gosto. E aqui entra o facto dos pais gostarem, atenção às opiniões, é inevitável que as pessoas mais próximas gostem de opinar e dar a sua sugestão, às vezes é bom, outras vezes é péssimo. Também é válido pesquisar significados de nomes, para mim um blog que satisfaz é o Nomes e mais nomes, diz alguns significados, fala de pessoas na história que tiveram determinados nomes e fala de aspectos de curiosidades de nomes de famosos e afins.
Nos primeiros meses de gravidez pelos percalços nem de nomes queria falar... fosse o que fosse não havia qualquer hipótese, o que é certo é que este medo continuou mesmo depois de saber que o risco já estava reduzido e que ia ter uma menina. Até o sexo do bebé não me trazia expectativas... estava um pouco adormecida. Às 16 semanas já se adivinhava (quase certo) que era menina, mas só a partir das 24, 28 semanas começamos a falar de nomes. É engraçado que os avós dos dois lados nunca tomaram partido de nenhum nome, esperavam sempre pelo nosso entusiasmo para dizer que "sim, sim, é lindo...", o meu pai de acordo com o nome que estivesse na altura "on" dizia logo o nome com o "inha" à frente ;). A malta mais nova, irmãs, sobrinhos e pessoas que não conhecemos ou conhecemos mal (isto por aqui é tudo malta "amiga") gostavam sempre e muito de opinar. Então dizia eu ao meu marido "escuta... fica só entre nós...", mas nunca ficava, comecei a sentir um entusiasmo estranho em dar um nome à moça.
Lá está, entusiasmo, coisa que não podia sentir (cabeça parva), logo decidimos que podíamos ter um leque de nomes, mas que só daríamos um nome à bebé no dia em que ela nascesse, o que revoltou meio mundo (olha a decisão dos pais minha gente!!!). Critérios para a escolha, não tínhamos a certeza se queríamos nomes compostos ou simples, mas era quase certo que seria simples (ou não...) e sabíamos, apesar de gostarmos de nomes mais lá para a frente, que seria um nome do início do abecedário (pancada da mãe, o nome do pai começa por A e o meu também), ora então a escolha pela ordem do abecedário por parte da mãe e do pai de forma unânime seria: Amélia, Benedita, Caetana (foi logo carta fora), Constança (nome presente em várias gerações da família paterna), Irene, Júlia (nome da minha bisa paterna), Vitória e outros tantos que apareceram e desapareceram assim num ápice ;). Foi giro, nos últimos meses adorei estar grávida, andava bem e estas conversas faziam-me rir, ou seja, já não queria saber muito porque estava a entrar naquela fase zen...
Numa das idas ao CTG talvez nas 38 semanas uma enfermeira perguntou "então e é menina ou menino? e vai-se chamar como?" a resposta foi a mesma... só no dia em que nascer, a senhora ficou emburrada e lá respondeu em tom de graça que podíamos registar até um mês depois do nascimento. Ok amiga... ok... Na semana seguinte novo CTG, e nascia no dia a seguir. Enfermeiras que já conhecera nos tempos de estágio, auxiliares, a mesma pergunta... nada... até que uma auxiliar simpática perguntou, eu já estava a começar a ficar cansada que olhei para o A. e disse olha fica Francisca, e sim, este nome não está lá em cima na dita lista...tínhamos falado entre nós os dois e foi um pouco surpresa para todos.
Saímos do Alentejo com uma possível Júlia ou quiçá Luísa na barriga (tínhamos falado nesse nome à família mais próxima) e chegámos com uma Francisca. Ahahahah aqueles dois não tinham mesmo a certeza de nada.
Entretanto foram-nos perguntando se tinha cara de Francisca... tem a cara mais fofa, estou apaixonada por ela e não me importo que tenha o diminutivo de Xica, tem a cara dela independentemente do nome que fosse escolhido. Para mim dar um nome é de uma grande responsabilidade, identifica o indivíduo, influência na personalidade e define a pessoa enquanto ser. A verdade é que não há necessidade nenhuma de arranjar logo diminutivos, eu trato a minha filha pelo nome e não pelo diminutivo. Vai ter tempo de a chamarem por aquilo que ela gostar. Entretanto pessoas que mal conhecemos, mas que com certeza estão velhas e iguais há anos ficam intrigadas, mas "FRANCISCA PORQUÊ?? Maria vai já descobrir, tens de descobrir se existe alguém na família, pergunta à sogra, pergunta, vai lá saber raios... " (isto pode dar cabo dos nervos das velhas ok?!) resposta da sogra: é Francisca por causa do Papa Francisco. Ok gostei da resposta e o Papa até é um simpático por isso acho a resposta excelente.
Resumo em jeito de conclusão: Dar o nome aos filhos só aos pais diz respeito, seja feio, seja bonito é a escolha dos pais. Existem formas simpáticas, em especial nesta fase que na maioria é de felicidade estrema, de concordar com o gosto dos pais. Revela educação e amizade. Se se gostar boa, se não se gostar boa na mesma. Não vamos baralhar mais, especialmente quando medos e stress influenciam nas decisões importantes a tomar.
Marta, obrigada por partilhar o Nomes e mais Nomes e muita saúde para a pequena Francisca! Um beijinho!
ResponderEliminarCom todo o gosto, prezo pesquisas de qualidade e rigor, o seu blog é referência cá em casa e é bom ver que é português de Portugal :) beijinhos meus e da Francisca
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