terça-feira, 2 de outubro de 2012

27/28 E 29


Já no mês que passou dei início a uma nova etapa da minha vida, algo que esperei e muitas vezes adiei, mas que desta vez, por ironia do destino ou não, decidi levar em frente. 

Comecei o meu Mestrado em Cuidados Paliativos, área onde trabalho há cerca de três anos de forma directa. Fui ter a esta área da saúde de forma imprevisível, porque queria ir para lá ou para cá, como demonstrei nas minha aguarelas, e acabei no sítio certo. Para mim o cuidar está aqui, e a morte faz parte do nosso ciclo, e eu enfermeira aprendi aquilo que é até bastante natural, mas que todos escondem, cuidar desde o nascimento até à morte ou no chegar ao fim da vida. 

Festeja-se e juntam-se pessoas quando nasce uma pessoa, mas quando se está a morrer não há ninguém, ou poucas pessoas, numa altura em que a pessoa pode estar perfeitamente consciente que ninguém está por perto. É irónico, ou não? 

Precisamos mudar como profissionais e como cidadãos comuns a nossa forma de estar na vida, dar valor aos pequenos momentos. Perceber quando se deve parar de salvar e quando se deve começar a promover o bem estar e a acabar com a agonia.

Fica um excerto de um filme que ainda estou a ver...





2 comentários:

  1. É tão verdade... mas custa tanto estar com alguém e sentir que a vamos perder em breve :(
    Devíamos todos aprender a lidar melhor com isto.

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  2. É verdade, nunca se esta preparado e nunca se sabe como pensar ou agir... vamos ver os resultados após mestrado!

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