quinta-feira, 8 de maio de 2014

Dizeres destes lados

Há já alguns dias andei a combater o esquecimento que vai batendo à porta dos meus utentes. Sendo enfermeira e estando na pausa para o café resolvi começar pela ponta da sala de espera e pedir que me dissessem mais ou menos, mesmo que não saíssem bem à primeira, alguns dizeres que se usavam noutros tempos. Com o passar dos dias lá aparecia um ou outro para me dizer que afinal não era bem assim e que já se tinham lembrado. Fiquei feliz e validei com pessoas amigas cuja memória ainda não as trai. Ora deixo aqui alguns exemplos.

"Algum dia para te ver, pulava sete quintais. Agora para não te ver, pulo sete e pulo mais."

"Ao alto pinheiro ramudo, com bagos de oiro na ponta, quem eu quero não me quer, quem eu quero não me faz conta."

"Quero cantar e ser alegre, que a tristeza não faz bem, nunca vi a tristeza dar de comer a ninguém."

"Se eu soubesse quem tu eras ou o que vinhas a ser, nunca te teria dado, os meus segredos a saber."

"Algum dia eu era, mas hoje já não, da tua roseira, o melhor botão."

Um grande bem haja aos meus utentes Bárbara, Adelaide, Leonor, Narciso.

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